Artesanato

O Artesanato típico da Freguesia é uma arte que traduz os valores da cultura tradicional, que tende a desaparecer.

Entre os profissionais que exerceram a sua atividade nas nossas aldeias, muitos deles em tempo parcial, contavam-se os alfaiates, os carpinteiros, os sapateiros, os ferreiros, os pedreiros, os resineiros, os carreiros, os tanoeiros, os ferradores, os tamanqueiros, os canastreiros, os serradores, os canteiros, os barbeiros, as sardinheiras, os pezeiros, as tecedeiras, as fiandeiras e os mercadores ou negociantes de gado.

Em Pinheiro de Coja, as obreiras, dedicavam o seu tempo e manifestavam a sua criatividade através da manufatura de bainhas abertas. Estes trabalhos são magníficas obras de arte e portanto, o resultado do talento dos dedos das artesãs da Freguesia, grande parte das vezes associados ou a contemplar, bordados ou trabalhos de renda.

Em Meda de Mouros, o linho e os teares e os Moleiros e as Moendas constituem um dos elementos estruturantes da economia da aldeia.

O linho antes de entrar no tear, era semeado, regado, mondado, arrancado, ripado, macerado em água, seco ao sol, malhado, passado pelo engenho, espadelado, assedado, fiado, dobado, lavado e branqueado.

Chegou a haver trinta e cinco teares manuais, sendo que algumas tecedeiras teciam os novelos de linho ou de estopa de outras pessoas, que lhe pagavam esse serviço.

As tecedeiras, com os pequenos pedaços de roupas velhas, designados por fitas, teciam as famosas mantas e tapetes de trapos, que irradiavam como que uma beleza natural.

Dada a localização ribeirinha, sempre houve vários moinhos e várias famílias de moleiros, numa altura em que a base da alimentação era o que se produzia, em especial a broa, manufacturada com a farinha de centeio, de cevada, de trigo e de milho. O último moinho que funcionou em Meda de Mouros foi o do Vale Mioto, e o último moleiro foi José Martins da Costa, conhecido por Zé do Rio.

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